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TRT-13 promove reunião com projeto Meninas na Ciência da Computação, da UFPB
O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) realizou na tarde desta terça-feira (31) um encontro com o projeto Meninas na Ciência da Computação, iniciativa de professores do Centro de Informática da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A reunião aconteceu no Laboratório de Inovação (Labor) do Regional, e foi o primeiro passo para a discussão de estratégias conjuntas que as instituições possam realizar para estimular a presença feminina na área da tecnologia e da computação.
A professora Josilene Aires e o professor Ricardo Moreira, que coordenam o projeto itinerante ao lado da também professora Giorgia Mattos, apresentaram dados alarmantes, que refletem um problema global: no Centro de Informática da UFPB, existe apenas 1 mulher para cada 10 pessoas matriculadas nos curso da área, ou apenas 14% dos estudantes que buscam formação na área. No mundo, essa porcentagem é um pouco maior, mas ainda abaixo do ideal: 20%.
Com o objetivo de modificar este cenário, o projeto Meninas na Ciência da Computação foi criado em 2013, com o objetivo de estimular estudantes de ensino fundamental e médio a perceberem a área da Tecnologia da Informação como um caminho profissional possível de ser trilhado por elas. “Queremos atingir cada vez mais mulheres que têm capacidade e potencial para atuar no campo da tecnologia, aumentar os níveis de empregabilidade das mulheres na área por meio da capacitação delas e empoderá-las economicamente”, defendeu a professora Josilene Aires.
A reunião que recebeu os professores da UFPB contou com a presença do juiz auxiliar da Presidência, Lindinaldo Marinho; os responsáveis pelo Labor, Marcelo Moura e Ronaldo Lemos; a coordenadora da Assessoria de Projetos Sociais e Promoção dos Direitos Humanos (Aspros), Jamilly Cunha; o gestor da Secretaria de Governança e Gestão (SEGGEST), Max Frederico; e do gestor da Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Setic), Bruno Rafael Sales.
O objetivo foi fazer uma apresentação aos gestores do TRT-13 das ações concretas realizadas pelo projeto, a exemplo de oficinas e treinamentos, como introdução de linguagens de programação, desenvolvimento de jogos, ferramentas de produtividade, todas realizadas em escolas e comunidades de minorias e pessoas em situação de vulnerabilidade social por todo o estado da Paraíba. Para isso, o projeto utiliza uma unidade móvel alimentada parcialmente por energia solar, com equipamentos que a transformam em uma sala de aula portátil.
O projeto Meninas na Ciência da Computação acabou despertando o interesse do TRT-13 especialmente por conta do foco da atual gestão, que desenvolve ações e projetos sociais com foco nos direitos humanos, capitaneados pela recém-criada Aspros. “Nosso objetivo é estabelecer vínculos com projetos que já estão em andamento, que já apresentam resultados concretos, por isso é importante dialogar com instituições e coletivos que já estão nesse processo há bastante tempo. Estamos em um processo inicial, mas já conseguimos pensar em possibilidades de parceria com o projeto, pois segue na mesma direção de um de nossas frentes, que é a busca pela igualdade de gênero”, enfatizou a coordenadora da Aspros, Jamilly Cunha.
A aproximação entre o projeto e o TRT-13 se deu por conta da participação do Labor dos encontros do Farol Digital, o hub de inovação da cidade de João Pessoa. As diversas iniciativas voltadas para a solução de problemas nas diferentes esferas da sociedade são apresentadas durante as reuniões do hub e em uma dessas ocasiões, o Meninas na Ciência da Comunicação surge para os servidores do Labor.
“Eu avaliei que o projeto era completamente alinhado às pautas desenvolvidas pelos projetos do tribunal, por isso comecei a articular esta reunião com as áreas do TRT-13 que pudessem formatar um projeto que beneficiasse tanto ambas as instituições quanto a sociedade como um todo”, enfatizou o responsável pela Divisão de Inovação do TRT-13, Marcelo Moura.
André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13