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TRT-13 fará exibição do filme “Pureza” em evento sobre erradicação do trabalho escravo contemporâneo

Evento contará com roda de conversa com a ativista Pureza Loyola, que inspirou a história do filme, e do diretor Renato Barbieri
publicado: 31/01/2023 07h46 última modificação: 01/02/2023 13h53

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A atriz Dira Paes e Dona Pureza durante as gravações do filme em 2019

O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) promove nesta sexta-feira (3), a partir das 9h, o evento “Erradicação do Trabalho Escravo Contemporâneo", realizado no Tribunal Pleno, no edifício-sede do Regional. Será exibido o filme “Pureza”, do diretor Renato Barbieri, protagonizado pela atriz Dira Paes. Na ocasião, estarão presentes o diretor do longa e a ativista Pureza Loyola, cuja história serviu de inspiração para a produção.

As inscrições para o público interno podem ser feitas por meio deste link. Já para o público externo, são realizadas aqui. As vagas estão sujeitas à capacidade de lotação do Tribunal Pleno. O evento é uma realização da Assessoria de Projetos Sociais e Promoção dos Direitos Humanos (Aspros) em parceria com a Escola Judicial do Tribunal da 13ª Região (Ejud13).

Durante a roda de conversa com Pureza e Renato Barbieri, a procuradora do Ministério Público do Trabalho da Paraíba (MPT-PB), Marcela Asfóra, estará presente para debater os dados a respeito da temática, uma vez que a erradicação do trabalho escravo contemporâneo é hoje um dos principais objetivos da agenda brasileira de promoção dos direitos humanos.

O intuito é discutir a escravidão contemporânea a partir do filme, que conta a história da mãe maranhense Pureza Lopes Loyola, que durante três anos enfrentou diversos perigos e obstáculos para encontrar seu filho caçula, Antônio Abel, desaparecido após ir ao Pará em busca de emprego no garimpo. 

Após as atividades no Tribunal Pleno, o público poderá conferir no hall do edifício-sede do TRT-13 a exposição “Kolofé – Um caminho de expansão afro cultural”, promovida pelo artista visual Elioenai Gomes. A exposição, que busca evidenciar a riqueza das matrizes africanas em nossa cultura, foi contemplada pelo 3° Prêmio Nacional de Expressões Afro-Culturais, realizado pela CADOM, Petrobras e Ministério da Cultura.

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A atriz Dira Paes e o diretor Renato Barbieri nas gravações do filme, no Pará (Foto/Divulgação)


Escravidão contemporânea

A escravização é a forma mais grave de exploração do ser humano e não atenta apenas contra os princípios e direitos fundamentais no campo do trabalho, afronta os mais elementares direitos humanos, tais como: a vida, a liberdade e a dignidade do indivíduo. 

Pensando a perpetuação deste modelo na contemporaneidade, nota-se que tal fenômeno não é caracterizado apenas quando há ofensa ao direito de liberdade do trabalhador, existindo também a partir de outras formas de privação.

Segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o sistema que garante a manutenção do trabalho escravo no Brasil contemporâneo é ancorado em duas vertentes: de um lado, a impunidade de crimes contra direitos humanos fundamentais aproveitando-se da vulnerabilidade de milhares de brasileiros que, para garantir sua sobrevivência, deixam-se enganar por promessas fraudulentas em busca de um trabalho. De outro, a prática de certos empregadores, que exploram essa mão de obra, com a intermediação de “gatos”, espécie de aliciadores, que atraem os trabalhadores com a promessa de bons trabalhos, e capangas.

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André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13