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TRT-13 nomeia primeira diretora-geral desde sua fundação

Simone Farias Perrusi é uma das novas gestoras do Regional, que dobrou o número de mulheres em cargos de liderança
publicado: 30/01/2023 08h44 última modificação: 21/07/2023 14h40

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O presidente do TRT-13, desembargador Thiago Andrade, com parte das novas gestoras do regional

O Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) está na busca da paridade de gênero nos cargos de liderança. Na prática, mesmo espaço e oportunidade para que mulheres e homens possam exercer suas competências profissionais, recebendo salário e tratamento iguais, de acordo com suas funções. Uma das ações do novo presidente do TRT-13, desembargador Thiago Andrade, que simbolizam esse esforço, é a nomeação da primeira diretora-geral da história do Regional, Simone Farias Perrusi.

Não somente esta posição estratégica demonstra esse novo caminho. Desde o início da nova gestão, as mulheres também aumentaram sua presença nos cargos de liderança. Atualmente, dos 109 cargos em comissão (CJ) ativos no Regional, 39 são ocupados por mulheres, o que representa o inédito percentual de 35,78% dos cargos de alta gestão do tribunal.

Durante o discurso de posse, o presidente Thiago Andrade afirmou que uma das prioridades da gestão seria a busca pela promoção da igualdade de gênero, propondo medidas práticas para a eliminação do chamado “teto de vidro”, termo que define a barreira invisível existente que mulheres encontram ao tentarem acessar os cargos superiores em empresas e instituições.

Uma das ações recentes foi a assinatura da Carta Compromisso do TRT-13 com o Movimento Elas Lideram 2030, uma iniciativa do Pacto Global da ONU Brasil e ONU Mulheres, comprometido com a paridade de gênero na alta liderança até 2030. Ao longo das próximas semanas, outras ações voltadas a este objetivo também serão anunciadas.

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A servidora Simone Farias Perrusi foi nomeada como diretora-geral do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba

ENTREVISTA

Simone Farias Perrusi é formada em Direito. Foi servidora concursada do Tribunal de Justiça da Paraíba, ingressando em 1999, da Justiça Federal da 5ª Região, em 2000, e Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, em 2006. Em seguida, foi redistribuída para o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba em 2015, onde passou por vários setores, como a Seção de Suporte Prévio às Contratações, o Núcleo de Contratos, Gabinete do Desembargador Thiago Andrade, Secretaria da Corregedoria Regional e, agora, está na Direção-geral.  

A seguir, confira uma entrevista com a diretora-geral do Tribunal, Simone Farias Perrusi, a primeira mulher a ocupar o cargo desde a fundação da instituição, em 1985:

Quais são as atribuições do cargo de diretora-geral? O que a senhora, enquanto diretora-geral, tem a prerrogativa de fazer no TRT-13?

Simone: A Diretora-Geral de Secretaria planeja, coordena e controla as atividades administrativas do Tribunal, em conformidade com as deliberações da Presidência, englobando as atividades da Secretaria Administrativa, Secretaria de Gestão de Pessoas e Pagamento de Pessoal, Secretaria de Planejamento e Finanças e Coordenadoria de Saúde.

Quais são os desafios que a DG enfrentará ao longo dos próximos dois anos de gestão e quais são os planos que vocês estão desenvolvendo para solucioná-los?

Simone: Desempenhar as atribuições da unidade com o olhar da nova administração, ou seja, contribuir para o desempenho da função social do tribunal, respeitando a diversidade e promovendo a inclusão e a empregabilidade de pessoas em situação de vulnerabilidade, no objetivo de tornar a sociedade mais justa. Em paralelo, promover programas culturais e de qualidade de vida para os servidores; além de fomentar a igualdade de gênero, inclusive com a formação de lideranças femininas. Outro objetivo da gestão é administrar o Tribunal sempre observando os preceitos da sustentabilidade. Ressalte-se ainda os cuidados para continuar realizando a atividade fim do tribunal com a qualidade, a celeridade e a dedicação de costume, buscando inclusive sua otimização.

Trata-se da primeira vez que uma mulher ocupa a DG desde a fundação do tribunal, há 37 anos. Como você enxerga a importância e a simbologia disso?

Simone: É um orgulho fazer parte do nosso tribunal. Agradeço a confiança em mim depositada por Dr. Thiago, nosso Presidente, cuja visão e iniciativas são admiráveis. É uma honra contribuir nos projetos da gestão, sendo um deles a igualdade de gênero. Desejo que a nomeação de uma Diretora-Geral para o Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região inspire as mulheres, não apenas as nossas tão dedicadas e capacitadas servidoras, mas que todas vejam que são capazes de assumir altos cargos de gestão.

Uma questão latente diz respeito à liderança feminina, não apenas aqui no TRT-13, mas em todos os espaços de poder da sociedade, no âmbito público ou privado. Qual é o papel das instituições e das empresas em incentivar que mais mulheres ocupem esses espaços e cargos?

Simone: As instituições e empresas devem contribuir para equilibrar seus cargos de liderança e gestão, buscando a melhor forma de aproveitar o potencial das mulheres nos seus quadros, valorizando sua dedicação no desempenho das atividades e promovendo a capacitação de seus servidores/empregados independente do gênero. Em outras palavras, é necessário que se desconstrua a histórica desigualdade de gênero, dando oportunidade, de forma igualitária, para homens e mulheres ocuparem cargos de gestão e exercerem funções de liderança.

Um dos principais argumentos utilizados para justificar essa disparidade entre homens e mulheres em cargos de liderança seria a falta de profissionais qualificadas. Embora considere falaciosa esta afirmativa, também entendo que mulheres às vezes encontram dificuldades e são até mesmo desestimuladas a se qualificarem pela abertura limitada de espaços em lideranças. O que a senhora acredita que seja necessário para que este cenário seja modificado, ainda que aos poucos?

Simone: As instituições precisam disponibilizar capacitações, promovendo condições para oportunizar que as mulheres participem e se preparem para os mais diversos cargos existentes no órgão. Acredito que uma das melhores formas de estímulo é a efetiva nomeação de mulheres para cargos de gestão, fazendo com que as demais se sintam entusiasmadas a se capacitar e creiam na efetiva possibilidade de alcançar funções de liderança.



André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13

 

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