Fórum de Catolé do Rocha recebe nome de Juíza Maria José de Andrade Maia

O Fórum de Catolé do Rocha, localizado no Sertão paraibano, receberá um novo nome. Por meio da Resolução Administrativa TRT13 n.º 038/2025, a unidade passará a ser designada como Fórum Maria José de Andrade Maia, em homenagem à memória da juíza de mesmo nome e que foi titular da Vara do Trabalho da cidade no período de 07/08/2004 até 07/02/2005, quando se aposentou.

O desembargador Paulo Maia e a servidora do TRT-PB, Ana Alexandrina Maia, são filhos da magistrada que, somente no ano de 1994, aos 59 anos de idade, prestou o concurso público da magistratura e foi aprovada como Juíza do Trabalho do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba. Foi uma magistrada dedicada, que prestou relevantes serviços à Justiça do Trabalho da Paraíba.

“É com muita alegria que eu recebo essa homenagem à minha mãe e falo em meu nome e em nome da minha família também. Minha mãe tem uma carreira curiosa porque o normal é o filho seguir a carreira da mãe, mas na magistratura ela seguiu a minha carreira. Eu já era juiz quando ela fez o concurso e passou”, contou o desembargador Paulo Maia, acrescentando a importância do município de Catolé do Rocha para a história de sua mãe.

“Catolé do Rocha foi um local muito especial para ela porque, além de a gente ter raízes em Catolé, pois meu pai nasceu lá e a família Maia é, basicamente, de Catolé do Rocha, foi a primeira unidade judiciária onde ela atuou como juíza substituta. A cidade foi a última que ela atuou quando ela foi promovida para Sousa e depois removida para Catolé. Lá ficou até atingir a idade limite da magistratura, que na época era de 70 anos. Agradeço à presidente do Tribunal, desembargadora Herminegilda Leite Machado, e agradeço a todos os integrantes do Tribunal por essa homenagem”, pontuou o desembargador.

Por sua vez, a servidora do TRT-PB, Ana Alexandrina, enfatizou o quanto a juíza Maria José de Andrade Maia foi uma mulher à frente de seu tempo. “Ela era um ser humano incrível a quem eu tive o privilégio de chamar de mãe. Uma mulher austera por vezes, estudiosíssima, obstinada, mas de sorriso fácil, dona de um coração enorme, amável com todos que desfrutavam de sua convivência. Uma esposa exemplar, uma mãe e avó dedicada que tudo fazia ao seu alcance para facilitar a vida de todos à sua volta. Não tem um só dia na minha vida que eu não lembre dela com muita saudade”, frisou.

A magistrada

Oriunda do interior de São Paulo, Maria José de Andrade Maia formou-se em 1958 no curso de Direito em Recife, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Em 1962, casou-se com o advogado Paulo Américo Maia de Vasconcelos e teve três filhos: Paulo Américo Maia de Vasconcelos Filho, Lenira Maia Bonavides e Ana Alexandrina Maia Ribeiro.

Por mais de dez anos, renunciou a sua carreira para cuidar dos filhos, e com o tempo, e o crescimento deles, voltou a estudar e foi aprovada no concurso para professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), na área de Direito, onde mais tarde tornou-se coordenadora do curso. Em 1994, passou em 1º lugar no Concurso da Magistratura Trabalhista da 13ª Região como Juíza substituta. Em 2004, foi promovida à Juíza Titular da Vara de Catolé do Rocha. 

Assessoria de Comunicação Social do TRT-PB
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