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Espetáculo “Agreste” emociona servidores e magistrados do TRT-13

Monólogo de Fabíola Ataíde fala sobre intolerância e preconceito, mas também sobre um gesto de amor incondicional
publicado: 12/05/2023 16h01 última modificação: 12/05/2023 16h03

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Os servidores e magistrados do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) tiveram a oportunidade de vivenciar uma manhã diferente durante esta quinta-feira (11). O espetáculo teatral “Agreste”, estrelado pela atriz Fabíola Ataíde, foi apresentado no Auditório do Tribunal Pleno, no edifício-sede do Regional, momento que integrou mais uma ação do projeto Arte e Cultura 13, promovido pela Secretaria de Gestão de Pessoas e Pagamento de Pessoal (Segepe).

No monólogo dirigido por Everaldo Vasconcelos, Fabíola interpreta uma série de personagens em uma história ambientada em uma cidade interiorana do Nordeste, mas que ecoa comportamentos ignorantes presentes em qualquer lugar. “Agreste” conta a história de um casal de lavradores de vida pacata, mostrando o início da paixão deles até a morte do marido Etevaldo. O momento do velório, no entanto, traz uma revelação acerca do falecido que transforma aquela comunidade.

O objetivo do texto escrito pelo autor Newton Moreno é sensibilizar o público a respeito de termas como intolerância, preconceito, feminicídio e homofobia, mas também sobre um gesto de amor incondicional, que supera todas as adversidades. A peça surge como fruto da dissertação de mestrado de Fabíola Ataíde, que pensou em uma montagem minimalista, que pode ser apresentada tanto em um palco de teatro tradicional quanto em espaços diversos, até mesmo em uma sala de casa.

“Não tinha como eu ler um texto desses, com essas mensagens tão importantes, que merecem ser ouvidas pelo maior número de pessoas possível, achar lindo e guardar na estante. Não dá. (...) O que me moveu a estar apresentando ‘Agreste’ é a paixão que tenho pelo texto e pela arte de atuar”, enfatizou a atriz Fabíola Ataíde, logo após o término da apresentação.

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O projeto Arte e Cultura 13 tem como objetivo promover a integração de servidores, magistrados e terceirizados, além de utilizar os produtos culturais como fomentadores de discussões relevantes em torno de temas ligados à justiça social, direitos humanos e o universo das relações humanas no trabalho. “A ideia de trazer ‘Agreste’ para o TRT-13 veio do servidor da Segepe, André Monteiro, iniciativa que abracei logo de cara. Enquanto gestora, acredito que este tipo de ação é muito importante”, afirmou a diretora da Segepe, Rossana Carvalho.

O presidente do Regional, Thiago Andrade, assistiu ao espetáculo e enfatizou o papel essencial das artes no processo de diálogo com a população em torno de uma série de questões importantes. “Eu observo o poder arrebatador da arte. Às vezes, trazemos palestrantes com currículos invejáveis, ministros, especialistas, professores, pessoas que têm credibilidade, para falar sobre assuntos importantes, profundos. No entanto, se o Justiça em Palco, o grupo de teatro do TRT-13, entra e faz uma performance de 15 minutos, noto que as pessoas são atravessadas por aquelas discussões de uma maneira até mais efetiva. A arte acessa um local muito particular em todos nós. Parabenizo o trabalho de Fabíola, que tive a oportunidade de conhecer hoje”, completou.

 

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O desembargador Thiago Andrade agradeceu a presença das atrizes e do diretor do espetáculo

Cultura enquanto resistência

A plateia também pôde contar com a presença ilustre da atriz, educadora e ativista Zezita Matos. Com um currículo extenso, com mais de meia década de serviços prestados às artes cênicas, ela permanece ativa e se dividindo entre participações em filmes e montagens de espetáculos com o Coletivo de Teatro Alfenim, do qual faz parte.

Dentre as dezenas de peças que integrou estão “Quebra-quilos” e “As Velhas”. No cinema, participou dos premiados “Cinema, Aspirinas e Urubus” (2005), “O Céu de Suely” (2006) e “Baixio das Bestas” (2006). Em 2014, venceu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cinema de Paulínia, por “A História da Eternidade” (2014). Na TV, seu papel mais lembrado é o da matriarca Piedade, na novela “Velho Chico” (2016). Desde 2018, a artista também é presidente da Academia Paraibana de Cinema (APC).

Convidada a conversar com a plateia, Zezita se emocionou e destacou a importância de espetáculos como “Agreste” e a iniciativa do TRT-13 em apresentá-la à comunidade do tribunal. “Nós enfrentamos um esfacelamento da cultura brasileira, enfrentamos a pandemia e estamos lutando para nos reestruturar. Levar cultura para todos os cantos, de maneira acessível, é uma missão que todo artista deve ter”, completou.

 

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A atriz Fabíola Athayde recebeu flores da diretora da Secretaria de Gestão de Pessoas, Rossana Espínola

André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social TRT-13