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Com palestras e atividades lúdicas, TRT-13 em Movimento tem segunda edição na Casa do Migrante

Espaço acolhe migrantes venezuelanos e auxilia na inserção na sociedade brasileira
publicado: 03/07/2023 11h51 última modificação: 06/07/2023 10h25

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Venezuelanos recém-chegados à Paraíba e em situação de acolhimento tiveram um momento de muito aprendizado e descontração, proporcionado pelo Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), nesta quinta-feira (29). É que a Casa do Migrante, espaço localizado no município de Conde, recebeu a segunda edição do TRT-13 em Movimento, iniciativa que amplia o foco do tribunal e leva ações e atividades para além dos muros da instituição.

Pelo menos quatro famílias, totalizando 22 pessoas entre adultos, jovens e crianças, estão sendo acolhidas atualmente no local, que é ligado ao Serviço Pastoral dos Migrantes, órgão vinculado à Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Servidores e magistrados do TRT-13 conversaram com os venezuelanos sobre temas como noções de direito do trabalho no Brasil, tabagismo, alcoolismo e violência contra a mulher. 

Além disso, órgãos parceiros como o Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e o Sine-PB levaram informações sobre empregabilidade e fizeram o cadastro dos participantes do evento levando em conta o perfil de cada um. Serviços de saúde, como aferição da pressão e glicemia também foram realizados pela CSaúde e um dos pontos altos do dia foi o show de mágica do servidor Omar Khayam, que encantou crianças e adultos da plateia. As crianças também tiveram um momento lúdico no qual brincaram de pintura e aquarela.

“É muito importante a presença do tribunal fora do muro dos fóruns e esta é uma das ações que aproximam a justiça da população que mais precisa e está em situação de vulnerabilidade social. Esta Casa tem feito um trabalho excepcional em Conde e este é apenas o nosso primeiro contato. A partir daqui, temos o intuito de fortalecer o laço entre o tribunal e a pastoral e vamos pensar em novos planos”, destacou o presidente do TRT-13, desembargador Thiago Andrade.

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Casa existe na PB há 5 anos

A coordenadora estadual da Casa do Migrante, Auricelia Rossana Freitas, explicou que o acolhimento segue um fluxo, com cadastramento e escuta das necessidades, identificação da formação e habilidades profissionais para construção do currículo e posterior inserção laboral, que é a principal busca dos venezuelanos que passam pelo local. Cada família fica em média de dois a três meses no espaço.

“O principal público que trabalhamos é o de venezuelanos e, nesses cinco anos, já abrigamos cerca de 600 pessoas. Ficamos felizes com ações como essa do TRT-13 porque surtem efeito positivo e, certamente, eles sairão daqui muito mais esclarecidos e com conhecimento apropriado. Essa aproximação de órgãos públicos ajuda porque eles sabem a quem recorrer em situações adversas”, enfatizou. 

Os venezuelanos têm sido o grupo prioritário no acolhimento de casas do migrante ao redor do país por estarem em uma situação de grande vulnerabilidade social atualmente, conforme o coordenador nacional da Casa do Migrante, Roberto Saraiva. Porém, os espaços já receberam pessoas de diversas nacionalidades, a exemplo de haitianos, bolivianos e cubanos. Órgãos internacionais, como a Organização Internacional para as Migrações (OIM) e a Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), auxiliam no desenvolvimento do trabalho feito nesses locais.

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“Nosso papel é de acolher, proteger, promover e integrar. Isso inclui a busca ativa por trabalho e assistência social, bem como inclusão na comunidade. Às vezes, uma comunidade pode reagir xenofobicamente, então fazemos essa demistificação e mostramos que, mesmo sendo de culturas diferentes, todos somos pessoas”, salientou Saraiva.

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De acolhida a acolhedora

A assistente administrativa da Casa do Migrante, Yannelis Barreto, é um exemplo de que o trabalho feito no espaço, de fato, funciona. Há quase cinco anos, ela chegou ao país com um sonho: o de construir sua vida. Depois de alguns meses em Roraima, veio à Paraíba e foi acolhida na Casa do Migrante de Conde, sem jamais imaginar que, alguns anos depois, seria ela a pessoa a ajudar com a acolhida de irmãos venezuelanos. 

“Fiz trabalhos diversos quando cheguei aqui, mas em 2020, plena pandemia, me chamaram para fazer parte da equipe e eu aceitei. É muito gratificante poder integrar a equipe que um dia me acolheu e, hoje, fazer parte do processo de acolhida. Tenho conhecimento dos dois lados e, finalmente, posso trabalhar com a minha formação, que é na área de contabilidade. Me sinto feliz por estar, a cada dia, construindo o meu sonho de uma vida melhor e poder ajudar minha família”, relatou.

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Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social TRT-13