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Abril Verde: TRT-PB participa de roda de conversa sobre assédio moral no ambiente de trabalho
A juíza do trabalho e cogestora regional do Programa Trabalho Seguro do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), Rafaela Queiroz de Sá e Benevides, promoveu uma roda de conversa com profissionais da área da saúde do Hospital e Maternidade Municipal Padre Alfredo Barbosa, em Cabedelo. O tema da palestra, promovida na manhã desta terça-feira (15), foi assédio moral no ambiente de trabalho.
Para a magistrada, a conversa é essencial para que os trabalhadores possam identificar sinais deste tipo de atitude, que provoca adoecimento mental e outros distúrbios de saúde, que afetam diretamente o trabalhador e a trabalhadora. “O enfrentamento ao assédio, entendendo que é uma prática reiterada, repetida diversas vezes no ambiente laboral, é essencial para a prevenção de doenças ocupacionais, que podem configurar um acidente de trabalho. Um ambiente saudável e seguro para o trabalhador diz respeito não apenas às condições físicas, mas também psicossociais daquela pessoa”, ressaltou a juíza, que também coordena o Grupo de Trabalho Interinstitucional do TRT da Paraíba (Getrin13).
A ação, promovida pela direção do hospital em parceria com o Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT), integra as ações do Abril Verde, campanha nacional de conscientização sobre a saúde e segurança no trabalho, criada pelo técnico de segurança do trabalho, o paraibano Nivaldo Barbosa. “O objetivo é entrar em sintonia, para que não haja acidente nem adoecimento, até porque nenhum empregador quer que o acidente ocorra e nenhum trabalhador quer sofrer acidente. Para isso, é preciso fazer uma união de esforços para reduzir os acidentes de trabalho no Brasil e no mundo”, explicou.
O SESMT de Cabedelo, agora instalado no hospital municipal, tem como objetivo fazer uma ação contínua, com uma equipe multidisciplinar de profissionais. “Iniciamos nosso projeto com os colaboradores do Hospital com a linha de cuidado de saúde mental, onde a gente vai ter todo um estudo, toda uma avaliação da área, teremos o suporte de médicos psiquiátricos e psicólogos para que a gente possa ir cuidando de quem cuida”, enfatizou a médica trabalho, Amanda Gouveia.
O diretor-geral do Hospital e Maternidade Municipal Padre Alfredo Barbosa, Rafael Henrique, acredita que a discussão é de extrema relevância. “Como gestão, a gente tenta ao máximo tirar essa cultura de assédio moral. Queremos promover uma gestão mais empática, que o trabalhador venha para um ambiente saudável para produzir, porque a gente sabe que, se um trabalhador trabalha feliz, a produção dele também será maior, ainda mais em um ambiente hospitalar, onde diariamente a gente tá lidando com vidas”, pontuou.
“A gente tem notado que o desgaste dos profissionais de saúde vem em uma crescente, desde a época de pandemia até o presente momento, e é de extrema importância que a gente converse a respeito disso, porque muitas vezes a rotina incessante do trabalhador da saúde faz com que não exista uma oportunidade para que haja a exposição desses casos de assédio”, afirmou o gerente médico do hospital, Felipe Montenegro.
“O trabalhador todos os dias tem uma sobrecarga, não só do local de trabalho, mas uma sobrecarga multifatorial, que envolve a vida pessoal. Uma trabalhadora, por exemplo, além da profissão, às vezes tem obrigações em casa, ser mãe, esposa, cuidadora. Isso não é fácil. É preciso sensibilizar e mostrar que precisamos pensar na saúde do cuidador. Não adianta apenas o cuidador promover saúde, a gente tem também que promover a saúde deles”, pontuou o secretário de saúde do município de Cabedelo, Alexandre César.
André Luiz Maia
Assessoria de Comunicação Social do TRT-PB