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Abertura da exposição fotográfica “Mulheres Invisibilizadas” resgata histórias apagadas e debate a desigualdade de gênero

Ação celebra o valor das mulheres e reconhece vivências e opressões sofridas ao longo da história
publicado: 19/09/2025 16h47 última modificação: 19/09/2025 17h38

Nesta sexta-feira (19), o Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região), por meio do Comitê Gestor de Igualdade de Gênero, Raça e Diversidade, promoveu a abertura da exposição “Mulheres Invisibilizadas”, no edifício-sede do Tribunal. O evento discutiu a desigualdade de gênero refletida em invisibilidade social feminina e foi prestigiado por diversas autoridades e dos estudantes da Escola Municipal Antenor Navarro. A programação contou também com o talento da Banda da Polícia Civil da Paraíba, composta por policiais de diversos cargos, trazendo música nacional e internacional para animar os presentes. 

Para abrir oficialmente a exposição, a presidente do TRT-PB, desembargadora Herminegilda Leite Machado, destacou que as mulheres presentes na exposição não são apenas memória, são presença, raiz e caminho. “Que esta exposição não seja apenas um olhar para o passado, mas, acima de tudo, uma convocação para o presente. Que inspire a coragem de não se submeter a nenhuma forma de violência, discriminação ou silenciamento, que inspire a sonhar e a agir por um mundo mais justo. Esta exposição, que se instala em nosso tribunal, é um ato de justiça: justiça para aquelas que foram apagadas, justiça para aquelas que ainda lutam para serem vistas, e justiça como compromisso desta casa, a casa da justiça, que se abre mais uma vez à diversidade, à universalidade, à inclusão e aos direitos humanos”. 

O cogestor do Comitê Gestor de Igualdade de Gênero, Raça e Diversidade, juiz André Cavalcanti, ressaltou que essa iniciativa integra uma política institucional da Justiça do Trabalho. “Esta exposição reafirma o compromisso da Justiça do Trabalho com a causa da equidade de gênero, não apenas em datas simbólicas, que são importantes e devem ser lembradas, celebradas, utilizadas para educação e como referencial de alerta à sociedade, mas como uma luta diária e contínua”, afirmou.

O evento contou com palestra da professora da Faculdade de Ensino Superior da Paraíba, Ana Carolina Gondim, que tratou sobre a desigualdade de gênero refletida em invisibilidade social feminina. “Essa invisibilidade não surgiu espontaneamente. Não foi a mulher quem optou por se confinar ao âmbito privado, enquanto os homens assumiam a esfera pública, onde se concentram o poder e as decisões. A posição "atrás" foi o local ao qual fomos relegadas, dando origem ao processo de invisibilização”, explicou.

A professora também destacou que essa discussão deve ser um ato contínuo. “A análise de temas relevantes, como a educação e a igualdade de gênero, exige atenção e profundidade. A importância da educação, embora frequentemente mencionada, não deve se tornar um mero clichê. Da mesma forma, a discussão sobre igualdade de gênero não pode ser banalizada. Apesar de nossos esforços, seja em debates, na escrita ou no ensino, a reflexão sobre o tema nunca será excessiva”, frisou a palestrante.

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Homenagem

Em agosto, o TRT-PB promoveu o II Encontro Nacional Ouvir e Enfrentar, que teve como foco o enfrentamento da violência de gênero. O evento foi uma iniciativa da rede de estudos jurídicos femininos e inclui a prática de homenagens por meio da entrega da medalha Redefem. Durante o evento de hoje (19), duas mulheres que têm se destacado pela luta e pelo empoderamento feminino, trabalhando diariamente para possibilitar a garantia dos direitos das mulheres, foram homenageadas, já que não puderam receber em agosto: a Defensora Pública Geral do Estado, Madalena Abrantes, e a desembargadora do Tribunal de Justiça, Fátima Maranhão.

Acessibilidade

Pensando na inclusão, a mostra fotográfica conta com QR codes que levam ao site da exposição, no qual é possível acessar a audiodescrição das biografias das mulheres retratadas. 

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Mulheres invisibilizadas

A iniciativa integra as ações institucionais voltadas à promoção da igualdade de gênero, raça e à valorização da diversidade, enaltecendo a história e a vivência de mulheres notáveis do Brasil, bem como seus legados para a sociedade. A mostra ficará disponível no período de 19 de setembro a 19 de outubro.

Por meio da arte fotográfica e de registros biográficos, a mostra visa resgatar histórias de mulheres invisibilizadas, cujos legados foram apagados ou desvalorizados em razão de gênero, raça, orientação sexual ou outras características que acarretaram estigmatização. Além de valorizar essas trajetórias, pretende-se estimular uma reflexão crítica e interseccional sobre as desigualdades, promover a conscientização de magistrados, magistradas, servidores, servidoras, terceirizados, terceirizadas e público externo, e contribuir para a construção de ambientes mais inclusivos, plurais e democráticos.

Campanha Inclusão Sustentável é o Nosso Compromisso

A campanha lançada ao final do evento de abertura da exposição aborda temas como etarismo, capacitismo, racismo, machismo, direitos da população LGBTQIA+ e questões relacionadas à transfobia. Essa ação visa proporcionar aos magistrados, servidores e a todos os interessados, informações e recursos relevantes sobre essas temáticas. Além disso, ela abrange diversos temas e tem como objetivo principal a divulgação de iniciativas já realizadas por outros tribunais, que tratam da promoção dos direitos humanos e da igualdade para todos.

Veja mais registros do evento de hoje: 
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Renata Santos
Assessoria de Comunicação Social do TRT-PB
acs@trt13.jus.br