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“A inovação é fruto de trabalho coletivo, com parcela de contribuição de todos”, diz juiz do TRT-13 durante live do Judiciário Exponencial

Juiz do Trabalho André Machado participou de episódio do “Bate-papo Exponencial” nesta quarta (25)
publicado: 25/08/2021 15h20 última modificação: 30/08/2021 09h16

Para além do uso da tecnologia, a inovação também diz respeito a todas as iniciativas, incluindo as analógicas, que alteram o modo de trabalho e, consequentemente, melhoram a prestação de serviço. Esta é a conclusão à qual chegou o juiz do Trabalho André Machado Cavalcanti, que coordena o Comitê Inova TRT-13 e que participou, na manhã desta quarta-feira (25), do programa “Bate-papo Exponencial”, transmitido ao vivo no perfil da consultoria Judiciário Exponencial no YouTube.

A live está disponível e pode ser conferida clicando aqui. O magistrado, que atua na 1ª Vara do Trabalho de Campina Grande, abordou o tema “Inovação, Inteligência Artificial e os desafios da Justiça do Trabalho” junto ao apresentador Ademir Piccoli, CEO do Judiciário Exponencial. Durante o debate, o juiz André Machado destacou a atuação do Tribunal Regional do Trabalho da Paraíba (13ª Região) em termos de institucionalização da inovação.

Sendo um dos pioneiros do país no uso do processo eletrônico, com a instalação do sistema PJe em 2013, o TRT-13 instituiu, neste ano, o Programa de Gestão da Inovação, criando o Comitê Inova TRT-13 e o Laboratório de Inovação (Labor). “Não é algo pontual, mas institucionalizado para ser perene e de maior impacto. Já demos alguns passos e temos iniciativas concretas relacionadas à inovação”, enfatizou. Na ocasião, o juiz apresentou o vídeo e a logomarca do Inova TRT-13 e do Labor.

Um dos projetos abordados pelo magistrado foi o de Transformação Digital, que começou a ser aplicado no Tribunal em maio deste ano. “Trata-se de uma imersão em determinados setores administrativos e judiciais. Em conjunto com a equipe do setor, do Comitê e de desenvolvedores de TI, realizamos oficinas e mapeamos os principais problemas a serem enfrentados. Em seguida, ocorre a ideação de soluções e a construção de protótipos para, ao final, verificar o que pode ser implementado de forma institucionalizada, focando o baixo custo e o alto impacto, bem como a participação e colaboração dos servidores”, explicou.

Outra iniciativa que o juiz André Machado comentou foi a Sala Acessível, criada pelo Tribunal como forma de aperfeiçoar o Balcão Virtual. “A criação do Balcão Virtual foi uma resposta imediata do Conselho Nacional de Justiça à população para não interromper a prestação de serviços. Foi uma medida simples, mas de alto impacto. Por sua vez, o TRT-13 aperfeiçoou o balcão e criou a Sala Acessível, que permite o acesso de deficientes auditivos através do atendimento na linguagem de Libras em dias específicos. Isso significa a democratização do acesso à Justiça do Trabalho”, enfatizou.

Durante o bate-papo, o magistrado e o apresentador dialogaram sobre diversas temáticas relacionadas à inovação no âmbito do Poder Judiciário. Confira, abaixo, um resumo dos principais assuntos abordados durante a transmissão ao vivo:

- Desmistificar a inovação: tanto o juiz André Machado quanto o consultor Ademir Piccoli concordam que é necessário discutir, sensibilizar e conscientizar tanto magistrados e servidores do Poder Judiciário quanto a população em geral sobre a cultura da inovação, a necessidade do engajamento de todos nesse processo e que a inovação não depende apenas da tecnologia. “Processos digitais e analógicos não são excludentes. Precisamos, cada vez mais, fazer mais com menos”, frisou o magistrado.

- Aumento do uso de tecnologia e da produtividade, mas também da judicialização: com a pandemia da Covid-19, a tecnologia se tornou importante aliada para manter a Justiça do Trabalho atuante. No entanto, se por um lado a produtividade cresceu nos últimos anos, também verificou-se aumento da judicialização de conflitos, bem como de demandas de massa. “Neste sentido, o papel dos Centros de Inteligência, novidade importantíssima do CNJ, será essencial para organizar demandas de massa e coibir demandas abusivas, tornando a JT ainda mais célere e efetiva”, comentou o juiz André Machado.

- Melhor comunicação do Poder Judiciário com a população: a tecnologia possibilitou a melhoria da comunicação entre as instituições e os cidadãos. Neste ponto, o magistrado citou as preocupações da Justiça do Trabalho com o cumprimento da legislação e os programas do TRT-13 relacionados à promoção do trabalho seguro e saudável e do combate ao trabalho infantil. “É um diálogo importante”, disse.

- Principais desafios: por fim, o juiz André Machado comentou sobre um dos principais desafios atuais do Poder Judiciário: a segurança da informação. “Como assegurar à população que o Judiciário é seguro, apesar de iniciativas pontuais de hackers? Esta é a nossa preocupação, ou seja, assegurar aos cidadãos que os dados são bem tratados e armazenados, mais especificamente em relação à JT. Nossa preocupação é continuar fazendo mais com menos”, concluiu.

 

Celina Modesto
Assessoria de Comunicação Social do TRT-13