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Cejusc conclui curso e novos conciliadores e mediadores já podem atuar

Curso foi realizado em duas etapas e contou também com a participação de juízes e de servidores aposentados
publicado: 29/05/2018 08h24 última modificação: 01/06/2018 10h04

O Centro Judiciário de Métodos Consensuais de Solução de Disputas (Cejusc-JT) concluiu esta semana a Etapa Prática do I Curso de Formação Inicial em Conciliação e Mediação do TRT 13ª, em parceria com a Escola Judicial – EJud. Esta segunda etapa aconteceu no período de 8 a 10 (Turma 1) e de 15 a 17 de maio (Turma 2), no próprio Cejusc-JT, que fica no Fórum Maximiano Figueiredo, em João Pessoa.

Os voluntários, depois de participarem da etapa teórica, no período de 23 a 25 de abril do corrente ano, no auditório da EJud, tiveram a oportunidade de pôr em prática os conhecimentos e técnicas adquiridas, atuando como conciliadores e mediadores nas audiências da unidade, sendo supervisionados pela juíza Ana Paula Cabral Campos.

Segundo Suy-Mey Carvalho de Mendonça Gonçalves, responsável pelo acompanhamento da demanda, os voluntários que participaram deste curso inicial já estão aptos para atuarem como conciliadores e mediadores nas demandas nacionais, a exemplo da Semana Nacional de Conciliação, que acontecerá no período de 21 a 25 deste mês de maio, bem como nos projetos criados pelo Cejusc-JT (Semana de Conciliação Virtual, Pautas temáticas, dentre outros).

Determinação do CSJT

O curso buscou atender às determinações da Resolução do CSJT de Nº 174/2016. “Segundo esse normativo, magistrados e servidores conciliadores e mediadores com formação inicial e continuada, poderão atuar posteriormente como formadores de novos conciliadores. Esses alunos poderão, futuramente, ministrar cursos para outros voluntários que queiram fazer parte dessa atividade”, disse Suy-Mey.

O Cejusc – JT 13ª conta com sete servidores e duas magistradas. Ainda de acordo com Suy-Mey Mendonça, o número de servidores é insuficiente para atender a quantidade de processos e também as demandas específicas, como a da Semana de Conciliação, que acontece duas vezes por ano nos meses de maio e novembro.

Banco de Voluntários

De acordo com Suy-Mey, o banco está composto por 20 voluntários que fizeram a formação inicial que é pré-requisito para outras capacitações. “Fomos presenteados com um time de magistrados e servidores voluntários de excelente qualidade, com competências técnicas e comportamentais importantes para a natureza do trabalho. Esse grupo agregado à equipe do Cejusc-JT, que já é maravilhosa, nos enriqueceu mais ainda. Nesses dias de prática pudemos presenciar nossos voluntários atuando de maneira competente, humanista e altruísta”, acrescentou.

Na etapa prática, tivemos a presença da desembargadora aposentada do TRT, Ana Clara Nóbrega, que atuará também na Semana Nacional de Conciliação. Como voluntários contamos também com três outros juízes da ativa: André Machado, José Guilherme Marques Júnior e Nayara Queiroz.

DrªAna Paula destacou a relevância dessa atividade de voluntariado, não só pelo adequado cumprimento da Política Pública de Tratamento Adequado das Disputas de Interesses no âmbito da Justiça do Trabalho, mas também por sua natureza social de inclusão dos servidores de outras unidades, possibilitando-lhes novas competências ou reciclando as antigas; e a participação dos inativos, contribuindo com seus talentos e serviços novamente para a Justiça do Trabalho.

Depoimentos

No encerramento do curso, alguns servidores deram seus depoimentos sobre a importância do aprendizado e da oportunidade de atuarem como conciliadores e mediadores nas soluções de conflitos.

José Eduardo Melo (Segepe):

A capacitação dos conciliadores foi um dos pontos mais importantes para a consolidação desta política pública, uma vez que melhorar a qualificação significará aumentar o número de acordos alcançados, pois a conciliação é um método de resolução de conflito mais rápido, barato e que evita a longa espera por uma decisão que, infelizmente, muitas vezes não satisfaz plenamente nenhuma das partes. Entretanto, quando temos conciliadores capacitados, as pessoas envolvidas no conflito sentem-se fortalecidas para gerenciar e finalizar esses problemas por elas mesmas e de maneira definitiva”.

Marisa Castanheira (SGP)

Para mim foi muito gratificante participar porque considero um privilégio colaborar com o descongestionamento do Judiciário Trabalhista. De fato, o que se observa é que devido a rancores ocorridos na constância do contrato de trabalho, muita das vezes empregados/empregadores chegam tão armados para as audiências, que não conseguem entender que um bom acordo é melhor que uma grande briga, que pode se arrastar por anos e anos, com consequências ruins para a saúde física, mental e econômica de ambas as partes. Essa é a missão do conciliador / mediador: ouvir as partes, aconselhá-los quando necessário e com gestos e ações firmes, porém gentis, tentar fazê-los enxergar a real situação de ambos e conduzi-los, finalmente, a um acordo. Estou feliz por fazer parte deste time, treinado por profissionais super capacitados de nosso TRT, que, mais uma vez, numa atitude de vanguarda, vem provar que tamanho não tem nada a ver com competência”.

Zirley Maria Bezerra (Corregedoria)

Com certeza, esse curso vai ajudar muito mais porque tive a possibilidade de ser ensinada por profissionais de alto gabarito e de um quilate bem alto como os juízes Sérgio Torres, do TRT de Pernambuco, Francisco de Assis Barbosa Júnior e Paulo Tavares. Pra mim, foi uma experiência engradecedora”.